Antigamente eu comparava o amor aos fogos de artifício, luzinhas piscantes de Natal ou som de violino. Achava que era uma coisa arrebatadora, que tirava os pés e a cabeça do chão. Pensava que os amantes sentiam todos os dias borboletinhas indo e vindo no estômago. Então, pela primeira vez, eu amei. E descobri que o amor tem luz acesa, luz de velas, luz do poste da esquina. E que a trilha sonora muda todos os dias. O amor é rock, é samba, é disco, é lounge, é sertanejo, é blues e jazz. Ao mesmo tempo. O amor não te tira do chão, mas te coloca no rumo certo. Te dá segurança e aconchego. O amor traz uma família de borboletas para o estômago e lá elas vivem de mãos dadas.