E não adianta fazer quem gosta de participar das trovoadas se recolher em casa. Os opostos não se atraem. Os opostos disputam quem está com a razão.
Não dará certo juntar aquele que é travado para o relacionamento com aquele que é intenso, aquele que prentende controlar os fatos e o que pretende inventar seus próprios fatos.
Sua companhia irá parar de repente e você puxará pela mão jurando que um dia tomará confiança e virá. Não virá, jamais virá.
Pode desejar carregá-la que ela cansara do mesmo jeito. Pode querer explicar que não é necessário ter medo, que não acreditará.
Só dois passionais não cobram passos, estarão correndo e nenhum dos dois se sentirá desacompanhado. Não vao se atropelar porque partilham a mesma velocidade da ventania, o mesmo gosto pelo imprevisto, o mesmo susto de ser…
Os relâmpagos iluminam os loucos.
(Fabrício Carpinejar)
E assim é nossa vida amorosa… alguns se jogam na chuva. Querem mais é se molhar a vontade. Outros não estão muito seguros disso. Preferem ficar na sua zona de conforto, apenas vendo a vida acontecer. Talvez o medo de que algo ruim aconteça seja maior do que o medo de arriscar. Nunca vamos saber. Cada um sabe o que carrega no coração.
Mas também não podemos esquecer daquelas pessoas que, apesar de gostar e ter medo ao mesmo tempo, ainda assim “saem na chuva”, mas vão prevenidos (com capa e guarda-chuva). Uma coisa é fato: quem se arrisca mais, tem mais histórias para contar, tem mais sonhos para buscar, tem mais dores pra colecionar. Nem tudo é um mar de rosas. No fundo, o que importa é a sua maneira de ser feliz, saindo na chuva ou não.
(Andrezza – 27/10/2003)