E como sabemos qual o caminho a seguir? Como adivinhamos que aquilo que se nos apresenta quando abrimos uma porta é melhor do que o que temos de deixar quando fechamos outra? Como descortinamos se a vida morna que levamos pode ter em seguimento uma apoteose fantástica?
Não sabemos, não adivinhamos, não nos é permitido ir ali dar um pulo ao futuro e descobrir como pode vir a ser. Ou a não ser...
Aquilo que eu sei é que se queremos espreitar por uma nova porta entreaberta é porque o caminho que temos seguido não nos satisfaz em pleno. Pode até nem ser mau, mas não é, com toda a certeza, brilhante! Não nos tira o fôlego. Não brilha nos olhos. Não nos preenche. Não retira o melhor de nós. Deixa-nos num assim-assim (des)confortável.
Se seguimos caminho e abrimos uma porta à nossa frente, mesmo que ainda tenhamos de abrir algumas mais...é porque aquela por onde saímos tem de ser fechada de vez.
Sob pena de ficarmos presos no átrio da vida!
- Rita Leston -