Escuto uma melodia, sua melodia... Eu já havia falado dela e de todas as outras coisas que escrevi e que nunca sobreviveram a mim mesma. Não sei se estas palavras farão parte do conjunto de "pedaços de vida" que ando escrevendo por aqui, e deixando escondida para nunca serem lidas. Não sei se minhas palavras, assim como eu, irão resistir às cinzas das horas.
Mas vamos lá, que hoje estou particularmente contente, não vejo nada marrom e em todas as ultimas decisões me senti como na noite de verão na "praça" Castro Alvez. Ali, contemplando o poeta sem notar a sua magnânima presença. Ali, superior a tudo isso que tentou me confundir. Ali, no centro de tudo, onde fui eu mesma, e sempre pude ser assim. Houve passagens bem bonitas. Noites no sítio deitada na grama olhando a via Láctea... Contemplando o passado no céu e sentindo o ronronar do meu gatinho no meu colo, como um anjinho, sonhando por mim.
Quantas vezes me joguei no mar para esquecer? Foram tantas! Mas tantas outras mergulhei na água para sentir. Já falei o quanto adoro sentir? Acho que é isso que faço quando leio um livro, ouço uma música ou venho aqui... Sempre na tentativa de sentir. Sentir... Quero sentir cada vez mais e mais, seja onde for, como for e com que for... Se for por mim que seja sempre assim...Que seja pra sempre... Em mim.
Como eu já disse, a eternidade só existe em "fotografias de memória”, onde algo velho perpetua sua presença, e invade o futuro e o dinamismo da vida com a audácia da sua imagem pálida e desbotada. Quem sabe sejamos assim? Uma fotografia desbotada em pleno futuro?
Boa noite e boa sorte menina.
https://www.youtube.com/watch?v=pXaPHvEmGXM
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