celium

registro: 29/06/2010
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Último jogo

MOMENTO POLÍTICO

       Queriam que tivéssemos um Brasil dividido como em duas torcidas de futebol: Nortistas x Sulistas, “Coxinhas x Petralhas”, Esquerda x Direita, Pobres x Ricos... Precisamos lembrar que a realidade não é uma disputa de campeonato e que se está tratando do destino de uma nação inteira. Quem intenta dividir a nação em duas classes sociais antagônicas, não é apenas irresponsável, inconsequente; é, sobretudo, criminoso. Somos todos brasileiros. Nosso protesto, nossa luta; não pode ser (e não é!) contra um partido político, como muitos assim se posicionam, mas sim contra a histórica corrupção, contra o mal feito, independente da sigla ou da facção partidária. Mesmo por que, nossos “mandatários” se esmerem dia a dia em confirmar que aqui (fora poucas exceções), cada vez mais: É muito esterco do mesmo pasto.

       Tenho assistido verdadeiras brigas entre amigos, parentes, vizinhos... Defendendo essa ou aquela bandeira política, mas ainda pior, defendendo o ANTIPETISMO , quando deveríamos nos unir contra todos os que saqueiam o erário público, prostituem mandatos e violentam a cidadania. Não importa a máscara ideológica que traveste o bandido. A canalhice é endêmica nessa “partidocracia”. A defesa do ANTIPETISMO resulta automaticamente ao apoio aos demais partidos ou políticos, quando na verdade são precursores de toda essa roubalheira e desmandos.

       Para virar esse “jogo”, temos que torcer numa só torcida, gritar num só grito e resgatar o Brasil da mediocridade que apequena e maltrata esse país. Hoje é o PT que desmanda e aparelha a máquina do Estado, poderia ser (e já foi) outros, e da mesma forma mereceriam nosso veemente repúdio e protesto. É certo que os petistas não inventaram a corrupção. Mas se aclimataram a ela com igual gosto. Comprovando o dito de Lord Acton: “O poder corrompe. E o poder absoluto, corrompe absolutamente”. Montesquieu complementa: "todo o homem que tem poder é levado a abusar dele". Já um velho ditado popular resume bem: “Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza”.

       Pedir o Impeachment de Dilma é algo prematuro, infantil e pode “a emenda sair pior do que o soneto”. Quem crê em Michel Temer como solução? Também não devemos desconsiderar o risco de uma ruptura institucional, com nefastas consequências como nos “anos de chumbo”. Igualmente não podemos esquecer, que todos os que aí estão no poder (inclusive protagonistas e coadjuvantes de escândalos passados), foram eleitos e/ou reeleitos nas urnas há poucos meses. Temos é que nos unir: Protestando, vigiando, exigindo investigação profunda e séria, punição real e exemplar, reformas que atendam os interesses do País... O impedimento da presidente, se vier, deve ser por imposição legal e dos fatos, não por essa ou aquela conveniência. Cabe-nos apoiar, estimular e fortalecer: Delegados, juízes, promotores... Que estejam verdadeiramente comprometidos em desvendar os mistérios do submundo politiqueiro.

       Nossos reais adversários são os corruptos, independente da falaciosa ideologia que os disfarça. A lama é pluripartidária. Só os tolos e alienados, enxergam santos e anjos na política, onde abundam seres trevosos, obstinados a defender seus interesses escusos a qualquer preço, daí não cabe a tal bandeira ANTIPETISTA, pois abriríamos espaços, não para o (re)alinhamento das posturas governamentais, mas sim para a tomada de poder de tantos outros inescrupulosos vindos de toda e qualquer outra facção partidária.

       Vamos acordar de verdade esse Gigante! Não contra ninguém ou contra um partido, mas sempre em favor do NOSSO Brasil. O Brasil que é do povo brasileiro! Não é de qualquer partido! Não pertence à marginália politiqueira! O Brasil pertence a nós e cabe a nós redireciona-lo e desta vez, não por R$ 0,20 (vinte centavos), mas sim por uma condição de melhoria real para toda a sociedade. O campo de ação, neste momento não me parece ser as ruas, avenidas e praças, mas sim o plenário do congresso, onde estão diversos projetos engavetados e, mesmo os em pauta, não estão sendo votados, a exemplo da PEC 280/08, herança do falecido Clodovil, que reduz de 513 para 250 o número de deputados federais, produzindo uma redução superior a a 7 milhões de reais mensais aos cofres públicos, e ainda mantendo amplas condições de representar a diversidade da sociedade brasileira.

        Não vamos para a rua lutar contra alguém para o qual eles apontam o dedo, vamos para nossa casa, a casa do povo: O CONGRESSO. Lá sim, podemos mudar e mudar para bem melhor esse NOSSO PAÍS.