safiira

 
registro: 07/10/2009
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O vírus da Inveja....

Foi por inveja que a primeira família que se tem notícia foi parar na manchete policial do Éden. É um poderoso vírus que desarmoniza o cérebro e o homem pode perder o rumo de sua história, se não souber usar, desde muito cedo, o antivírus da educação. Na coleção de ensinamentos do livro da sabedoria, em Provérbios 14:30, há uma advertência: “O sentimento sadio é vida para o corpo, mas a inveja é podridão para os ossos”. Os ossos do invejoso não são resistentes. O invejoso não pára em pé, tropeça o tempo todo no sucesso dos outros!
Segundo o dicionário Aurélio, “A inveja é o desgosto ou pesar pelo bem ou felicidade de outrem. Desejo violento de possuir o bem alheio”.
Como educar para administrar a inveja? A inveja atua no ramo das paixões. As paixões desnorteiam. Segundo Crabb “O ciúme teme perder o que possui; a inveja sofre ao ver o outro possuir o que quer para si”. Já a psicanalista austríaca Melanie Klein (1882-1960) diz que “As origens da inveja derivam da agressão constitucional”. O ser humano traz no seu kit de sobrevivência fatores de enfraquecimento da self. São os chamados pontos fracos. É preciso aprender a administrá-los. Klein diferenciou inveja, ganância e ciúme como manifestações do instinto agressivo.

A ciência descobriu que há um lugar no cérebro onde atua a inveja. Pela primeira vez uma pesquisa científica mostrou onde ela e o shadenfreude – palavra alemã que dá nome ao sentimento de prazer que o invejoso experimenta ao presenciar o infortúnio do invejado – são processados na mente humana.
Então, quanto mais cedo se educar, melhores poderão ser os resultados. A criança chega à escola, quase um bebê, e ai da humanidade que não tem uma escola que educa: aquela que só ensina a procurar o valor de X. As músicas, as histórias e as atividades lúdicas abrem espaço para aulas admiráveis sobre a arte de viver. É só planejar. Mãos à obra!

(Ivone Boechat)