madridd1997

 
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"Despedida"

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"Despedida"

Nunca se sabe onde está uma despedida. Até no afã do até logo pode esconder-se um nunca mais. Na frase infeliz, na simples conversa, algo pode estar morrendo, do amor ou da amizade.
Há despedidas que não são patentes. Não se lhes percebe o estalo do afastamento, que pode estar no instante de mau humor, na resposta infeliz, na alegria que não se repete ou na palavra que deixamos de dar e receber. Às vezes, está na palavra que dizemos.
Nem sempre as pessoas se separam: esgarçam-se às vezes. Viver esgarça. É algo que se afasta sem romper completamente. Também no que esgarça pode haver despedida pois, embora não haja perda de matéria, nunca mais será como antes.
Despedir-se é sutil, nem sempre aparece. Seres em mutação, vivemos a mudar sem saber. Na mudança, transforma-se em recordação o que antes era união e vontade, amizade ou convivência. Tudo faz-se retrato, álbum, caderno, poema, carta, saudade ou memória. A despedida não é por querer: acontece a despeito. Um simples "até já" pode conter inimagináveis nuncas. Ou sempres.
Maravilhosa e cruel a vida! Tudo pode acontecer. As ligações, salvo poucas, fazem-se precárias e falíveis. Nosso destino é preso a acontecimentos semicontroláveis. Ou impulsos, cansaços, e as discordâncias, são imprevisíveis. E geram despedidas antes insuperáveis. Ninguém sabe de quem se afastará. Nem quais as amizades e amores de toda a vida, nada obstante existam. Raros captam a dor que estala em cada hipótese de despedida. Separar-se contém sempre a hipótese da despedida. Por isso, uma dor sempre se infiltra em cada afastamento. Algo se assusta, escondido em tudo o que se separa. Ainda que para ir ali pertinho e logo voltar.
Quem viaja ameaça a despedida. "Partir é morrer um pouco". Dizem os franceses, e com razão. Ainda que para encontrar-se depois, quem parte arrisca despedidas. Por isso, a emoção subjacente percorre-lhe o mistério e a "região das certezas absolutas".
As grandes despedidas dão-se - contudo - sem que o percebamos. As que sabemos e sofremos não são despedidas completas, pois a saudade e a memória hão de trazer de volta o sentimento genuíno que agora causa dor. As grandes despedidas infiltram-se no cotidiano e nos atos corriqueiros de cada dia sem ser percebidas. Muitos anos depois, vamos verificar que disfarçado em dia-a-dia ali estavam e estalavam saudades antecipadas, vários nuncas dos quais jamais suspeitamos. Nunca se sabe onde está uma despedida.

A não ser muito depois.


Artur da Távola

Vergonha? - crônica de Luiz Fernando Verissimo sobre o BBB

Vergonha? - crônica de Luiz Fernando Verissimo sobre o BBB


Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB),
produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos
chegar ao fundo do poço. A décima (está indo longe) edição do BBB é uma
síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as
palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta
inteligência.

Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim
marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela
banalização do sexo.. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo.
Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos.. Gays, lésbicas,
heteros... todos na mesma casa, a casa dos ?heróis?, como são chamados por
Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que
quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou
heterosexuais. O BBB 10 é a realidade em busca do IBOPE.

Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu um
?zoológico humano divertido? . Não sei se será divertido, mas parece bem
variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.

Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os ?animais? do
?zoológico?: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro
com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a ?não sou piranha mas não
sou santa?, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o
carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é
para acabar!!!).

Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como
Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se

submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que
recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do
humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de
perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de
valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro
repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio
de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de
heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?

Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros,
profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os
professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis
que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação,
competência e amor e quase sempre são mal remunerados..

Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia
e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo
dia.

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas
porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.

Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs,
voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes,
doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns).

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas
contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em
outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não
acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem
aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o
incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos
como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a
comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao
final do programa, o ?escolhido? receba um milhão e meio de reais. E ai vem
algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o
comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio
Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem
a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a
Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir:
oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a
programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos
brasileiros?

(Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000
computadores )

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação,
por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.

Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana
ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema...., estudar... ,
ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins.... , telefonar para um
amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... ,
namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar
rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi
construído nossa sociedade.






Abstrai .

Abstrai .

Abstrai a lamentação
Deleta o que faz sofrer
Abstrai o engano
Apaga o que tira o sono

Abstrai o incômodo!

Abstrai versos tortos... tronchos
Aqueles que falamos por engano
q nos fazem sofrer e nos tiram o sono

Fecha os olhos
se deleite na ilusão de amores
paisagens coloridas
livres margaridas

Abstraindo horrores e pavores
contornando a vida
cantando uma canção bonita

Feche os olhos pros desastres dessa vida
Abstrai a mentira
não guarde rancores
dos falsos dessa vida

Esquece tudo
e se permita viver novamente
as emoções da paixão
elas acalentam por breve momento
até a partida de mais um então

Abstrai... vai abstraindo tudo q não presta dessa vida.
dores e partidas
E tudo se repeti para ficar bem aprendido...
mas vai abstraindo as lágrimas sofridas
só não abstrai suas experiências...
Essas devem ficar e nunca serem abstraídas. Abstrai!

Marisol Alcantara

Amiga

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Amiga


Amiga é aquela que não e invisível, e que mesmo estando juntas por poucos momentos conseguimos ver através de sua alma o que esta, a afligir,’o que a preocupar e ver a dor contida  no fundo do seu coração.
Assim com um simples gesto, com um simples olhar ou mesmo apenas um sorriso podemos aliviar sua dor e sem dizer nada amenizar as suas preocupações sabendo ouvir apenas, mas falar se for necessário, e ajudar se for possível.
Esta pessoa, mesmo não fazendo parte do nosso dia a dia está em nosso coração. Esta pessoa que adotamos do fundo da alma sem nem  um interesse,sem esperar nada em troca,mas pelo seu valor como pessoa,
Como amiga.
A está pessoa desejo tudo de bom; que as tristezas transformem em alegrias; os problemas em soluções e que tudo de bom se multiplique e
E que seus desejos seja realizados, que a vida seja melhor para todos nós.
ALBsilva

Os bichos somos nós

Os bichos somos nós

    Hoje numa aula na faculdade, um professor disse algo que me chamou atenção. Disse que somos iguais aos animais. Eu discordo dele.
    Se eu fosse um animal, uma borboleta que fosse ficaria muitissimo ofendida. Ainda bem que não sou borboleta. E ainda bem que elas não entendem.
    Se eu fosse um cão, um gato, um rato ou um grilo eu diria que entre o homem e eu só há uma semelhança, a morte. Dela ninguém escapa. Tem os que vivem mais como as tartarugas e os que vivem menos como os mosquitos mas dela ninguém escapa. Pelo menos da morte do corpo.
    Agora, lhes digo o porque de não sermos iguais aos animais, nós, seres humanos somos hipócritas, beatos de nós mesmos. Sempre que vejo um cão de rua eu fico um pouco invejada. Ele parece estar sempre sorrindo, aí olho para o homem passando por mim na calçada, perto do cão. Os homens nunca sorriem  na rua, assim, por motivo nenhum. Até os cachorros com cara de abandonados trazem em seu olhar uma sinceridade maior do que vejo nos olhos dos homens no dia-a-dia.
   Roupas. Me diz, você que está lendo, por que diabos usamos roupas? Ok, vou concordar com você se me disser "ah pra me proteger do frio", porém e no calor, pra que tantas roupas? Eu te falo porque. Porque é feio olhar. Só existem dois tipos de gente: homem e mulher. A essência é a mesma. Eu to falando de animais humanos, não os tratando como pessoas. Tem uns mais gordinhos, outros mais magros mas e daí? Os animais se aceitam, nós não. Nunca vi um bando seja de qualquer animal excluir algum pela diferença. Às vezes abandonam o mais fraco mas isso é normal, não é? Seleção natural. Só que os homens abandonam uns aos outros sem motivos, talvez pela cor, pela beleza ou por posses. E usam roupas pois aquele que tem a roupa mais bonita tem também o direito de abandonar o outro.
    Os homens trabalham. Trabalham pra comprar. Comprar pra mostrar que tem mais. Quantos animais selvagens será que sofrem de estresse, depressão? Não imagino um tigre chegando em casa e reclamando de aumento de salário. Ele não precisa de salário, a natureza oferece tudo pra sobrevivência do mesmo, e acredite, para a do homem também.
    Monogamia. Mais uma hipocrisia humana. Humana sim pois os outros animais vivem muito bem trocando seus parceiros, com mais de um, uso de novo o exemplo dos cães que fazem isso na rua e sequer se importam se tem alguém olhando. E não imagino que Deus (se você acredita em um) os puna por isso, ele os fez assim. O que você pensaria se visse duas ou mais pessoas no meio da rua fazendo o mesmo? Agora aposto que quando são cães, dá risada. Eu faço isso. E ainda penso "que inveja, queria eu faltar a faculdade e ficar fazendo amor". Sim, amor. Ou sexo mesmo, por que não?
    Ah, sim, o sexo. Também os homens acham feio falar que gosta de sexo. Se for mulher então, pior. Mulher não pode gostar de sexo. Alias, poder pode, só não pode falar que gosta. Por que? Porque se ela disser que gosta, é chamada de vagabunda, e coisas do tipo. Você sabe que é verdade. Animais não estão nem aí com o que pensamos deles. Ou o que eles pensam entre si. Na verdade o certo seria ninguém julgar ninguém, qual maior julgamento senão o de nós com nós mesmos? Julgar o outro é fácil, seja bicho, seja homem. Julgue a si mesmo primeiro. Mais difícil né? Eles não se julgam.
    E entre muitas outras mais. A verdade é, queria eu ser um inseto. Não estaria aqui escrevendo esse texto, também não teria tédio. Tédio é coisa de gente, não de bicho. Eles acordam quando querem, dormem o quanto querem, comem o que querem. Vida, isso sim é vida. No fim das contas somos iguais eles sim, mas como bichos. Feitos pra comer, cagar e morrer. Só que eles sabem como fazer, nós não.
   No fim das contas, os bichos somos nós. Isso porque nem falei em dinheiro. E em carros. E em casas. Tudo aquilo que queremos ter, não somente pra melhorar a nossa vida, mas para mostrarmos o quanto somos melhores. Melhores são eles, vivem em seus ninhos, têm seus filhotes. Queria eu ser um pássaro, passáros podem voar.   Fernanda Motão